“O nosso objetivo é disseminar cada vez mais essa modalidade voltada para pessoas com pouco desenvolvimento motor”, destaca o coordenador do Centro de Educação Física (Ceduf) da FCEE, Jefferson Seeber. “Quem quer participar, que nos procure. O Ceduf está à disposição”, completa.
Para Fabíola Spader, educadora física, “é bastante importante que a FCEE esteja fazendo parte desse circuito para divulgar o esporte adaptado e oportunizar a prática às pessoas com deficiência. É muito bom ver reunidos aqui tantos exemplos de superação de limites. A bocha é uma modalidade que exige muita concentração, observação, equilíbrio, e eles se dedicam bastante”.
Jefferson destaca ainda a participação da família nesta competição. “O
envolvimento da família é muito importante, já que são o apoio dos
filhos com bastante prejuízo motor”.
Exemplos de superação
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Daniel Silvestre, 15 anos, participa de competições de bocha adaptada há um ano. A mãe, Josiane, conta que ele treina em média duas vezes por semana, rotina que é intensificada quando está próximo dos campeonatos. Mesmo com pouco tempo no esporte, ele já coleciona medalhas. As últimas foram nos Jogos Paradesportivos Escolares em Santa Catarina (Parajesc), em que levou o ouro, nas Paralimpíadas Escolares e nos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), nos quais conquistou o bronze. “As competições são tão acirradas que já comemoramos o bronze como se fosse ouro”, diz a mãe.
Ela celebra os benefícios do esporte para a vida do filho. “O
intelectual melhorou, assim como o convívio social. Se ele não estivesse
participando, agora estaríamos em casa. O esporte é muito bom não só
para o atleta, mas para a família também, por ver o quanto a gente pode
fazer por ele, e também pelos outros de fora, que passam a ver o seu
potencial”, explica.
A mãe de Julia, 13 anos, também pensa assim. “depois que ela começou a
praticar, aumentou muito a nossa autoestima. Encontrar outros especiais,
superando limites, é muito gratificante. Com a bocha, conhecemos outras
pessoas, viajamos, conversamos com outros pais”, conta Maria Catarina
Marcelino. Só em 2012, Julia já conquistou o 1º lugar no Parajesc e o 6º nas Paralimpíadas Escolares. Desde pequena frequenta o Centro de Reabilitação Ana Maria Phillippi (Cener) da FCEE, e há dois anos treina bocha adaptada no Ceduf. Ela diz que os outros atletas, pais e professores com os quais convive são como uma “segunda família”. A mãe concorda. “A gente gosta tanto que quando não dá pra vir, sentimos falta. Quantos sorrisos, quantos abraços recebemos por dia em um encontro desses”.
As primeiras etapas do Circuito Catarinense de Bocha aconteceram nas cidades de São João do Itaperiú,
Joinville e Pomerode. Ao total, as quatro etapas do Circuito envolveram
cerca de 60 atletas de 14 municípios. |
Confira os campeões |
Categoria BC1
1° Charles Fermann (Pomerode)
1° Gabriel (Bal. Camboriú)
1° Paulo Perão (São José/FCEE)
Categoria BC4 1° Kleverton (Bal. Camboriú) |
Assessoria de Comunicação FCEE