No último dia 17 de abril ocorreu a primeira fase de uma pesquisa realizada por profissionais da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis a qual inclui uma formação em “Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil” (IRDI) voltada para os profissionais que atuam nos Núcleos de Educação Infantil Municipais (NEIMs) de Florianópolis. Na ocasião, a pesquisa foi apresentada para diretores e supervisores dos NEIMs de Florianópolis.
A pesquisa da FCEE, intitulada “Construção de uma metodologia formativa para supervisores de Núcleos de Educação Infantil Municipais (NEIMs) de Florianópolis voltada à promoção do desenvolvimento psíquico de bebês”, tem caráter avaliativo e preventivo, com o objetivo principal de avaliar o efeito sobre as práticas e cuidados com bebês entre 4 e 23 meses em NEIMs após o processo formativo na metodologia IRDI. Também são objetivos da pesquisa proporcionar aos profissionais da educação participantes do estudo que conheçam e reconheçam os norteadores e os sinais de risco do desenvolvimento psíquico de crianças de zero a 18 meses, de modo que possam em suas reuniões pedagógicas incorporar o acompanhamento do desenvolvimento psíquico das crianças.
O estudo ocorrerá no período do ano letivo de 2019, entre 2 de maio e 3 de outubro, e terá as seguintes etapas: Formação Teórica, Grupos de Estudo e Devolutiva. No total, participarão das formações 177 profissionais, entre professores e supervisores dos NEIMs de Florianópolis. O cronograma dos encontros foi montado em conjunto com o Núcleo de Formação, Pesquisa e Assessoramento da Educação Infantil (NUFPAEI), da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis.
A metodologia IRDI é fruto de uma pesquisa realizada entre os anos de 2000 e 2008, financiada pelo Ministério da Saúde brasileiro, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e coordenada pelo Instituto de Psicologia da USP (IPUSP), a qual permitiu a criação de indicadores capazes de dar aos pediatras um instrumento de detecção precoce de risco psíquico para o desenvolvimento infantil. Em 2012, o protocolo IRDI foi também proposto como metodologia para os professores de educação infantil, de modo que eles também sejam auxiliares na promoção da saúde mental dos bebês.
A pesquisa é realizada por um grupo de pesquisadores do Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi (CENER) da FCEE, centro especializado nas áreas de estimulação precoce e reabilitação de crianças com atraso global no desenvolvimento, com deficiência e bebês de risco, sob coordenação do psicólogo Rômulo Fabiano Silva Vargas, e formado pela terapeuta ocupacional Caroline de Souza Mattos, pela fisioterapeuta Geovana Régis e pelas psicólogas Laura de Macedo Haeser e Loiva Herbert.