Bruxas de Itaguaçu com o diabo que as transformou em pedra desfilando no mesmo espaço com maricota, bernunça e boi de mamão sob o canto da Iara e embalados ao som da capoeira. A junção insólita, mas significativa, foi apenas um dos inúmeros momentos marcantes do Festival de Folclore da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) realizado no dia 22 de agosto, Dia do Folclore e também Dia da Pessoa com Deficiência Intelectual.
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Galeria de Fotos Festival do Folclore 2024. A programação contou com a participação de educandos e educadores dos diversos centros de atendimento da FCEE, que deram vida aos personagens. A lenda da Iara, contada por meio de Libras, por uma educadora surda ricamente fantasiada de sereia, foi um dos pontos altos da programação, assim como a história da capoeira, berimbau e de outras manifestações folclóricas.
Por fim, a participação do coral da Escola Municipal Walter Vicente Gomes, de Tijucas, cantando cantigas de ratoeira – uma das tradições folclóricas mais significativas da Grande Florianópolis -, coroou com brilhantismo a programação.
O festival foi organizado pelo Centro de Educação Física e Cultura (Cefic) com a colaboração do Centro Educação e Vivência (CEVI), Centro de Educação e Trabalho (Cenet), Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (Naahs) e Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS).
“Neste festival, durante as apresentações, unimos várias origens étnicas como o luso-açoriano, o africano, os indígenas e os seres mitológicos. O folclore relata a história de um povo, toda a sua cultura. E o povo que não valoriza a sua cultura é um povo fraco. Aliado a este evento, trouxemos também uma reflexão sobre o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual, celebrado também neste dia 22 de agosto.”, destacou Fernando Bueno, coordenador do Cefic.
Para o fechamento do evento, a Secretária Municipal de Educação de Tijucas, Fabrícia Matias, e a Presidente da FCEE, Jeane Leite, relataram sobre a importância do acesso à cultura às pessoas com deficiência e vivenciaram a entrega das lembranças, uma boneca abayomi para cada participante.