“O legal da Fundação... é que aqui consigo colocar minhas ideias em prática”, disse o estudante Marlon Roberto Pereira, de 14 anos. Com domínio em desenhos, ele compõe uma equipe de desenvolvimento de projeto formada por mais outros dois colegas de semelhante faixa etária, mas habilidades distintas: Lucas Michelute Gerardi, que possui habilidade em escrita de histórias e Leonardo Giovanni Scur, com domínio em programação. Em específico, a oficina de robótica permite que seus participantes misturem diferentes ramos do conhecimento por meio do desenvolvimento de experimentos, além da execução de suas próprias criações.
As atividades normalmente são feitas em equipes de até quatro alunos, nas quais cada um tem sua função: um líder de equipe, responsável por coordenar e supervisionar as atividades; um organizador, que averigua a ordem dos materiais necessários para a atividade, distribuindo e solicitando materiais quando necessário; um construtor, que executa as montagens e auxilia o organizador na ordenação dos materiais; e um programador, que executa a programação e ajuda o organizador nas informações dos relatórios. Cada integrante da equipe tem uma responsabilidade específica, todos participam efetivamente da construção, organização e programação de um dado projeto. No decorrer das oficinas, os alunos seguem um modelo triádico de aprendizado: níveis 1 (exploração de campos que o aluno se identifica), 2 (treinamento, aprofundamento temático) e 3 (desenvolvimento de um produto). “Estamos trabalhando dentro das potencialidades dos alunos”, disse a professora Sirlei Ignácio, que ao lado da professora Kelly Cristina Gelsleuchter responde pela oficina de robótica.
Além da oficina de Robótica educacional, os profissionais da Fundação Catarinense de Educação Especial ainda respondem pelas oficinas de Artes, Literatura e Origami (arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, culminada em representações de determinados seres ou objetos). O ingresso dos alunos nas oficinas – atualmente com o número aproximado de 30 participantes – ocorre por meio de visitas a escolas da rede de ensino e contato pessoal de familiares de jovens com algum tipo de alta habilidade. Os estudantes passam por avaliação (psicológica, social) para ser integrado ao Nahhs. “Não há prazo determinado para a permanência dos alunos nas oficinas. “Enquanto o aluno tiver desenvolvendo um projeto, ele fica”, explicou a professora Sirlei Ignácio.
Nahhs
O Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação de Santa Catarina foi criado com apoio da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC) para, através das Secretarias da Educação de todos os Estados, atender os desafios acadêmicos e sócio-emocionais dos alunos com altas habilidades/superdotação. O principal objetivo do Nahhs é desenvolver metodologias para identificação, atendimento e desenvolvimento desses educandos nas escolas públicas e demais sistemas educacionais.
Assessoria de imprensa - FCEE