Giselle Araújo, pedagoga da Gecea e uma das docentes do curso, conta que um dos primeiros passos foi o resgate da infância e da importância do brincar. “Através da teoria e de vídeos da TV Escola, em um primeiro momento fizemos os participantes relembrarem a infância. Hoje em dia já se sabe que as brincadeiras fazem toda a diferença para o desenvolvimento da criança, e fazem bem não só a elas, mas aos adultos também”, destaca.
Na opinião da pedagoga, um dos pontos fortes dos encontros foi a colaboração entre os participantes e a constante troca de ideias. Essa interação possibilitou a confecção de jogos que atendessem a diferentes realidades de sala de aula. “Cada participante elaborou um jogo para ser apresentado no encerramento da capacitação, de acordo com suas habilidades e interesses, baseados em suas experiências de sala de aula, voltados principalmente a alunos com deficiência”, explica.
Jussara Maria Kniathoski, articuladora do programa Salto para o Futuro/TV Escola e docente do curso, destacou o entusiasmo das participantes. “Elas vieram com bastante vontade de criar, pois não há tempo para isso na escola. No dia-a-dia da sala de aula, muitas vezes não é possível parar para discutir, trocar ideias. Aqui elas puderam compartilhar muitas experiências”.
Esse já é o segundo curso realizado na FCEE com essa temática. O primeiro aconteceu em julho e foi oferecido aos servidores da Fundação.
Um dos exercícios do curso foi a confecção de bonecas russas (Matrioshka) de origami. Giselle explica que por terem a característica de se encaixarem umas nas outras, da maior até a menor, as bonecas podem ser utilizadas como uma ferramenta pedagógica de diversas funções. “Isso porque elas trabalham a questão do encaixe, da coordenação motora, a questão espacial, de ordem...” |
Outros jogos desenvolvidos foram a corrida de sapos, bilboquês, cubos de origami e bonecos articulados. |
Uma das atividades mais interessantes desenvolvidas durante o curso foi a construção coletiva da mandala de origami. “Essa mandala foi feita no início do curso, durante a apresentação dos participantes. É um exercício que reforça a importância do grupo e da colaboração. Enquanto contávamos histórias, as peças iam se encaixando”, explica Giselle. |
Suzy Souto e Olívia Maria Andrade, professoras do Instituto Estadual de Educação, foram as responsáveis pela elaboração do “Pinguim Comilão”. Susy conta que a ideia era trazer algo diferente do que fora apresentado pela apostila do curso. “Pesquisei atividades que trabalhassem a coordenação motora. Então, encontrei esse, achei diferente o modelo, que chama bastante a atenção pelo colorido. O formato dos peixinhos e a textura também facilita o uso por crianças pequenas ou com algum comprometimento nas mãos”. |
Adriana Heredia dos Santos, pedagoga do Serviço de Atendimento Educacional Especializado (Saede), em São José, conta que o que mais gostou no curso foi a interação entre os participantes. “Já participei de vários cursos aqui na Fundação, mas nenhum com essa integração entre os cursistas. Foi bastante diferente de outros, em que a gente só escuta, e pouco se conhece. Foi uma ótima oportunidade para criar, pesquisar, trocar experiências com outras professoras. E a alegria de todos foi contagiante”. |
O curso contou com participantes de 7 cidades. |
A matéria-prima para os jogos foi materiais recicláveis trazidos pelos participantes ou recolhidos na FCEE. |
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Jussara aponta que a maioria dos jogos foi elaborada para ser utilizada por pessoas com deficiência. Um exemplo foram os jogos confeccionados em alto contraste, para alunos com baixa visão. |
Assessoria de Comunicação FCEE