Ingrid Tremel Barbato, bióloga geneticista, proprietária do
Laboratório Neurogene, fundadora e atual tesoureira da Associação
Catarinense da Síndrome do X Frágil, explica que o encontro é realizado
anualmente na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc)
mas que neste ano, por conta do período eleitoral, precisou ser
organizado em outro lugar. “Então pensamos na FCEE, já que já éramos
parceiros em outras iniciativas”.
Segundo ela, o objetivo do
encontro é capacitar tanto as pessoas que já trabalham com a síndrome
como aquelas que ainda não a conhecem. “Muitas crianças entram na escola
e apresentam as dificuldades características da síndrome, mas não são
diagnosticadas. É preciso disseminar o conhecimento sobre o X Frágil
para garantir que essas pessoas sejam diagnosticadas o mais cedo
possível e recebam o tratamento adequado”.
A bióloga aponta que a síndrome ainda é pouco conhecida no estado. “Precisamos combater o desconhecimento divulgando a síndrome, pois o índice de pessoas afetadas é muito alto na população geral. Estima-se que a cada quatro mil meninos nascidos vivos, um seja portador da síndrome. Para as meninas, esse índice é de uma a cada seis mil”, aponta.
As atividades do encontro iniciaram pela manhã, com a palestra “Conceito e avanços na Síndrome do X Frágil”, com Ingrid Barbato e o médico neuropediatra Jorge Barbato. Já no período da tarde os participantes foram divididos em três oficinas teórico-práticas que aconteceram simultaneamente. A oficina um, “Sentindo e Aprendendo com X Frágil”, foi ministrada pela psicopedagoga Márcia Fiates e pela psicóloga Maria Luiza Vieira. A oficina dois, com o tema“A Linguagem Oral e Escrita no X Frágil”, contou com a participação da fonoaudióloga Simone Echer Marchett. Já a oficina três foi composta por duas apresentações: “Sesi Inclusão – Relatos de Práticas na EJA Inclusiva”, com os professores Michely Vieira Azevedo, Suellen Amorin, Maria José Lenzi, Márcia dos Santos e Anaiar Schuk; e “Arteterapia: Teoria e Prática no desenvolvimento dos alunos especiais”, conduzida pelo professor Samuel Romão Petry.
Para Julia Sahlit, fonaudióloga do Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi (Cener) da FCEE, o encontro serviu para esclarecer muitas questões sobre a síndrome. “Foi muito bom ter uma nova visão. O aprendizado obtido no curso faz a gente pensar nos pacientes, em novas possibilidades de diagnóstico. Esse esclarecimento é muito importante para possibilitar a identificação precoce e o tratamento”.
Ingrid Barbato, bióloga geneticista e fundadora da Associação Catarinense da Síndrome do X Frágil, ressalta que é preciso disseminar o conhecimento sobre a síndrome, que ainda é precário em Santa Catarina. |
Saiba mais sobre a Síndrome do X Frágil
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A síndrome do X-Frágil está diretamente ligada a um defeito no cromossomo X, que contém a causa mais frequente do comprometimento mental com caráter hereditário, afetando o desenvolvimento intelectual e o comportamento de homens e mulheres. Um (1) em cada 4000 homens (nascidos vivos) e uma (1) em cada 6000 mulheres (nascidas vivas) são afetadas por esta Síndrome. No Brasil não há estatísticas formais.
Constata-se, porém, um frequente
desconhecimento dessa causa de comprometimento mental, tanto por parte
de profissionais da área da saúde como da educação e, consequentemente,
por parte da população em geral. Portanto, não é uma síndrome rara.
Como é diagnosticada?
Tratamento Mais no site da Associação Catarinense da Síndrome do X Frágil e no blog. |
Assessoria de Comunicação FCEE