Além desta ação, de carona na mesma temática, o Ceduf participou
de uma competição acrobática de Capoeira no último dia 11, no ginásio
da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Biguaçu (SC). O evento
intitulado “Festival: O Pulo do Gato” foi promovido pela Associação
Cultural Capoeira na Escola e prefeitura do município com o objetivo de
promover reflexões sobre a escravidão. Participaram 25 usuários da
Fundação, que contaram com a presença dos pais na plateia.
Silvana
Bittencourt da Silva Purificação, mãe da aprendiz Maria Fernanda, do
Cenet, fez questão de destacar a alegria da filha ao exibir aos
familiares sua medalha de participação. “Ela chegou em casa e foi logo
mostrando com orgulho sua conquista à avó”.
Já os profissionais
do Ceduf ressaltam a importância de lembrar a data e discutir questões
referentes às heranças que a escravidão deixou para a sociedade atual.
“É preciso tratar o 13 de maio de forma didática e contar a história
pelo lado do oprimido para fazer uma educação de fato inclusiva”,
destaca o educador físico do CEDUF Fernando Bueno (Tuti).
Assessoria de Comunicação FCEE
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Saiba mais
Texto enviado pelo Ceduf
A Lei Áurea foi assinada no Brasil no dia 13 de maio de 1888. O Estado visava ao fim da escravidão, porém não planejou a assimilação dos ex-cativos na sociedade. Dessa forma, os negros foram despejados das fazendas e ficaram sem emprego, sem comida, sem direitos mínimos de cidadania. O resultado foi o início da favelização, tendo em vista que os descendentes de africanos passaram a morar nas margens da sociedade – o que deu origem ao termo “marginalizados”.
Essa ação estatal mal planejada mostra seus reflexos até hoje, que podem ser constatados nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os quais mostram a desigualdade étnica em todos os campos da sociedade: saúde, acesso ao ensino superior, emprego e renda, número de homicídios, população carcerária etc.
Por isso, o dia 13 de maio tem um significado especial para as pessoas que tratam de Educação. Não mais para exaltar a Princesa Isabel e seu ato de “bondade”, mas sim para exaltar a luta dos negros e a situação atual da negritude brasileira, formadora de aproximadamente metade da população deste país.