dsc0789406/08/13 –  A  Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) teve muito o que comemorar no encerramento da 4ª edição dos Jogos Escolares Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc), realizados em Itajaí, de 1º a 4 de agosto. A equipe da instituição, formada por 14 atletas e quatro técnicos, trouxe na bagagem, além da alegria de participar da competição, medalhas conquistadas e cinco vagas para as Paralimpíadas Escolares que ocorrem no final de novembro e início de dezembro, em São Paulo.

Segundo a equipe, os quatro dias de muito esforço e dedicação foram compensados na cerimônia de encerramento dos jogos, quando foram anunciados nomes dos cinco atletas convocados para participar das Paralimpíadas: Daniel Veras Silvestre, Julia Pereira Marcelino, Bruno Ludvig Hoffmann, Darlan Mathias Schell Andrade e Vitor Wesley Ferreira Souza.

Os Parajesc são uma iniciativa do Governo de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) em parceria com a prefeitura de Itajaí. Durante os quatro dias de disputas e muito esforço para superar os limites físicos, 416 paratletas representando 59 municípios e 215 escolas disputaram modalidades como atletismo, bocha paralímpica, futebol sete, goaball, natação, tênis de cadeira de rodas, tênis de mesa e voleibol sentado.

Atletas da FCEE foram destaque na competição

Daniel Veras Silvestre foi campeão na bocha paralímpica BC3 (destinada a paratletas que têm paralisia quase total) pelo segundo ano consecutivo, de forma invicta. Na etapa nacional de 2012 o atleta ficou em terceiro lugar na mesma categoria. Para este ano, quer mais. “Vou tentar melhorar e conseguir a medalha de ouro”, afirmou.

“Nossa filosofia  é viver cada dia. As conquistas do Dani são comemoradas pela família  e buscamos sempre incentivá-lo a buscar melhores resultados, mas sem que isso seja uma obrigação e sim competir e se divertir”, destacou a mãe e calheira Joseane.

Julia Pereira Marcelino, também bi-campeã na Bocha Paralímpica e, assim como Daniel, invicta, declarou: “meu esforço foi recompensado, pois passei por nova classificação e estou ainda em fase de definir minha classe na bocha”. Ela já participou das Paralimpíadas em São Paulo, e no ano passado terminou a competição em 6º lugar. Para a mãe Maria Catarina, “o maior esforço é conciliar os estudos, a bocha e as atividades de reabilitação, mas como é o que ela gosta, a gente se dedica”.

Assim como os outros atletas, Bruno Ludvig Hoffmann também não escondia sua alegria, pois esta foi a segunda participação dele na competição, e novamente foram conquistadas três medalhas no atletismo. Bruno foi ouro nos 400 metros e no salto em distância. Nos 100 metros, foi prata – todas as medalhas na classe T/F35, para paralisados cerebrais.

Mas o maior motivo para o sorriso do atleta foi a convocação para a equipe de futebol 7 nas Paralimpíadas Escolares. Será a terceira participação dele no evento nacional. “O futebol é o que mais gosto e ser selecionado me deixa muito feliz”.

Darlan Mathias Schell Andrade, orgulhoso, exibia a medalha de ouro conquistada no tênis de mesa, classe V, para cadeirantes. “Aqui não enfrentei muita gente da minha classe, mas sei que em São Paula vai ser difícil”, comentou.

Para a equipe de técnicos da FCEE, a presença do atleta, que ingressou na FCEE neste ano, foi uma ótima surpresa. “Por  não termos muitos atletas nesta classe nos Parajesc,  Darlan competiu com atletas de outras classes, superiores à dele, mas impressionou positivamente todos os técnicos aqui presentes e garantiu a convocação”, destacou o técnico Fernando Fritz Bueno.

Iniciantes também surpreenderam

A equipe da FCEE contou com alguns atletas iniciantes que obtiveram excelentes resultados, como é o caso de Vitor Wesley Ferreira Souza, que em sua primeira participação conquistou a medalha de prata na classe BC1, apesar de ter sido mudado de classe durante a competição.

“Na classificação ele foi mudado de classe, o que o deixou triste e com receio de não obter um bom resultado. Ele chorou muito e implorou para continuar na classe BC3, mas os avaliadores foram claros com ele e disseram que ele poderia ir muito bem na Classe BC1”, contou a mãe de Vitor. 

Mesmo sem treinamento específico, o atleta foi recompensado. “O mais difícil foi acalmar o Vitor , mas o resultado dele foi muito bom, inclusive fez com que ele fosse convocado para a etapa nacional”, comentou a técnica Fabíola Spader.

A  atleta Suelen Barcelos Monteiro conquistou a medalha de prata na prova de 100 metros  no atletismo, na classe T/F37,   e o atleta Hipollite Denizard ficou em terceiro lugar na bocha paralímpica, classe BC1. Segundo a equipe técnica da FCEE, este atleta foi responsável por um dos momentos mais emocionantes para os profissionais.

“Em um dos momentos de folga das competições, nossa equipe da FCEE foi tomar um sorvete no Mc Donald´s e a alegria de Hipollite foi o ponto alto, pois ele disse: ‘estou  realizando meu sonho, eu nunca tinha vindo ao Mc Donald´s’!”. 

Para a técnica Camila Suris Carvalho, “é isto que nos motiva a trabalhar com eles, são tantas as oportunidades que acabamos proporcionando”.

O técnico de atletismo Raul Graciano destacou a importância de participar dos jogos. “Acabamos conhecendo um pouco do Paradesporto , e para mim que estou ainda cursando a universidade, é uma oportunidade para a  troca de experiências com pessoas que estão há  mais tempo neste trabalho”. O profissional também enfatizou o esforço dos atletas. “Independente dos resultados, todos procuraram fazer o seu melhor”.  

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 Assessoria de Comunicação FCEE

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