A reunião contou ainda com a presença da Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão da FCEE, Raquel Rachadel, do Diretor técnico Leandro Domingues, de profissionais do corpo técnico da Fundação e da assessora da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da Alesc, Janice Krasniak.
 
Rose iniciou a reunião expressando a importância do diálogo entre a FCEE e as conveniadas para que possa haver mudanças nos termos dos convênios. Também lembrou que na última semana o governador Raimundo Colombo autorizou a execução de um concurso público para a contratação de profissionais efetivos para as APAEs e congêneres, do qual as AMAs também serão beneficiadas, e pontuou a importância de as Associações apontarem as especificidades dos profissionais que deverão ser contratados para que as vagas a serem criadas atendam às necessidades das instituições. Esse concurso deve abranger cerca de 300 vagas.
 
Marlete Serafini Grando, presidente da Associação Catarinense de Autismo (ASCA), explicou que há necessidade de maior quantidade de professores e maior tempo de atendimento aos autistas, que necessitam de atenção constante. “Como grande parte dos atendimentos apresenta quadro severo de autismo, um professor que precisa dar conta de vários alunos em pouco tempo não consegue dar conta do recado”, explicou. Por esses e outros pontos, a presidente reforça que a reformulação dos convênios firmados anualmente é indispensável para a continuidade dos serviços e para atender à lei 12.764 (Lei Berenice Piana), de dezembro de 2012, que assegura aos autistas o atendimento multiprofissional.
 
“Queremos melhorar, e vamos. Porém é preciso avaliar todas as questões envolvidas e os impactos dessas modificações”, declarou Rose. A presidente da FCEE concordou também que há necessidade de rever o Programa Pedagógico da FCEE em relação ao autismo, porém lembrou que o programa está atrelado à Política Estadual de Educação Especial, e aquele não pode ir muito aquém desta lei.
 
Rose já marcou uma próxima reunião com os representantes das entidades, na qual eles devem apresentar um projeto com o detalhamento e justificativa dos itens que precisam ser reformulados. “Essa justificativa de vocês que estão na ponta, na vivência do dia a dia dos atendimentos, é essencial para nós estudarmos para a readequação dos convênios, dentro das nossas possibilidades”, declarou.
 
Assim, além dos convênios para 2014, as Associações ficaram de discutir questões como: necessidade de capacitações, assessoria para credenciamento de novas entidades para a ASCA, necessidades de profissionais para o próximo processo seletivo de ACT, entre outras.
 
Marlete, presidente da ASCA, agradeceu o espaço aberto pela FCEE e se comprometeu em organizar as AMAs para discutir acerca das necessidades de cada uma delas para compor o documento.

Quem participou da reunião
 
Da Fundação, participaram Léa Marzagão Beringhs, psicóloga que atua na Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (Gecae), que auxiliou no esclarecimento de questões técnicas do Programa Pedagógico da FCEE e da Política Estadual de Educação Especial; Kelly Cristina Gelsleuchter, pedagoga da Depe; e Fernanda Albertini Garcia, pedagoga do Centro de Ensino e Aprendizagem (Cenap).
 
Representando as entidades que trabalham no atendimento e na defesa dos direitos dos autistas, estavam presentes: Vera Lúcia Barbosa Lopes, diretora da AMA de Florianópolis; Gerson José de Borda, presidente da AMA de Joinville; Elizete Czyzeski, vice presidente da ASCA e assistente social da AMA de Joinville; Silvana Grassi Guarda, coordenadora da AMA de Campos Novos; Heidi Barros, da Associação Atitude e Vida de Fraiburgo e secretária da ASCA; Vera Ottonelli Durli, diretora da AMA de Campos Novos; Marlete Serafini Grando, presidente da ASCA; Estefânia Borges, da AMA de Criciúma; Gelson dos Santos, da AMA de Criciúma; Ana Carolina Wolff Mota, da AMA de Joinville.