31/10/14 - A presidente da FCEE, Rose Bartucheski, participou hoje do evento de entrega dos equipamentos de pediasuit à Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais de Balneário Camboriú (APAE). Trata-se de uma série de itens destinados a facilitar o processo de
desenvolvimento das capacidades motoras dos alunos.
Mobilidade e equilíbrio
O
pediasuit consiste numa roupa ortopédica macia e dinâmica dividida em
colete, calção, joelheiras e calçados adaptados. As partes são
interligadas por tracionadores elásticos e emborrachados que estabilizam
o paciente, que conta com a estrutura da gaiola metálica para os
exercícios e se manter de pé.
A terapeuta ocupacional, Natália
dos Reis, explica que a estabilidade adquirida no equipamento é
interpretada pelo cérebro e garante a evolução mais rápida no
tratamento. “Além da parte motora, outras especialidades podem ser
trabalhadas enquanto o paciente fica no pediasuit”, completa a
especialista.
Para o alongamento é necessário “soltar” a
musculatura antes de vestir a roupa especial, processo que dura cerca de
30 minutos. O protocolo do tratamento intensivo estabelece sessões de
duas a quatro horas por dia, durante quatro semanas. Depois, o paciente
volta para os demais tratamentos e depois de seis meses passa por nova
sessão intensiva no pediasuit. “A evolução é muito boa com este
tratamento. A cada módulo intensivo trabalhamos objetivos específicos
com cada paciente. A evolução de um mês equivale a de seis meses em
outro método”, resume a terapeuta.
Adultos, jovens ou crianças
podem usar o equipamento. Além da paralisia cerebral, pacientes,
autistas e com outras síndromes genéticas apresentaram evolução após o
tratamento no pediasuit, desenvolvido na década de 1970 por
fisioterapeutas americanos. Os estudos do método terapêutico começaram
na Polônia devido a problemas motores apresentados por astronautas
russos depois de passarem longos períodos no espaço.