Silvana Ribeiro com sua equipe de trabalhoSímbolo acessibilidade LIBRAS 28/04/15 - Nos primeiros três meses de 2015, o Serviço de Colocação no Trabalho, realizado pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), beneficiou 18 profissionais com deficiência, contratados por empresas da Grande Florianópolis para funções diversas, como técnico em informática, auxiliar de bazar, assistente de atendimento ao cliente, estoquista e auxiliar administrativo. Ao longo de 2014, foram mais de 80 os profissionais beneficiados com este serviço gratuito e pioneiro oferecido pela FCEE há quase 30 anos.

O serviço é executado pelo Centro de Educação e Trabalho (CENET) da FCEE, centro especializado cujo objetivo é desenvolver metodologias e realizar encaminhamentos na área da Educação Profissional e Emprego, em consonância com as políticas públicas de inclusão. O Serviço de Colocação no Trabalho é responsável pelo contato com as empresas, recebimento de currículos, acompanhamento em entrevistas, supervisão, orientação e assessoria nas empresas no decorrer de todo o processo de contratação, permanecendo à disposição também após a contratação. A equipe técnica é atualmente composta por profissionais das áreas de pedagogia, psicologia e serviço social que oferecem suporte às empresas e aos profissionais com deficiência intelectual/mental, sensorial, física, múltipla e transtorno do espectro autista.

Foto: Silvana Ribeiro, auxiliar de bazar em supermercado de PalhoçaEntre os profissionais encaminhados ao mercado de trabalho através da FCEE nos primeiros meses deste ano está Silvana Ribeiro, 36 anos, pessoa surda, contratada em janeiro por uma grande rede de supermercados de Palhoça, onde atua como auxiliar de bazar. “Aqui eu fico arrumando os artigos no setor de toalhas, gosto muito do meu trabalho e sempre que algum cliente tenta falar comigo, chamo algum colega ouvinte”, explica Silvana, que demonstra muito entrosamento com os colegas.

Além de Silvana, outras sete pessoas surdas também foram contratadas neste período para funções como auxiliar técnico em informática, empacotador e estoquista; assim como quatro pessoas com deficiência intelectual/ mental que foram contratadas para funções de auxiliar de serviços gerais e estoquista; uma pessoa com deficiência física contratada para assistente de atendimento ao cliente e uma pessoa com deficiência visual contratada para auxiliar administrativo. 

Sensibilização nas empresas

Além do encaminhamento e acompanhamento da contratação de pessoas com deficiência, a equipe de profissionais da FCEE também realiza um trabalho de sensibilização com os profissionais das empresas em relação à temática. O trabalho ocorre através de palestras ministradas pelos profissionais da equipe da FCEE abordando conteúdos como o significado histórico-cultural de deficiência; tipos de deficiências, suas causas e seus aspectos funcionais e sociais; a importância da inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e seus aspectos legais; limites e possibilidades do profissional com deficiência e diferenças entre deficiência intelectual/mental e doença mental.

“Frequentemente os profissionais do CENET são solicitados para realizar sensibilizações nas empresas, seja com a equipe diretiva, com chefias imediatas ou profissionais que atuam no mesmo setor”, explica Kátia Regina Ladewig, coordenadora do Centro, acrescentando que “nestas ações são desenvolvidos conteúdos relativos à conceituação e caracterização das deficiências, aspectos relacionais e potencialidades da pessoa com deficiência, o que vem contribuindo imensamente para a quebra de preconceito em relação ao potencial produtivo destas pessoas”.  

 

 

Dados 2014: 

Veja a tabela completa dos dados do encaminhamento ao mercado de trabalho por tipo de deficiência em 2014: Tabela de dados 2014

 

Legislação no Brasil

A inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho teve sua efetivação no Brasil através da Lei nº. 8.213 de 1991, conhecida como Lei das Cotas, que estabeleceu que todas as empresas privadas com 100 ou mais trabalhadores deveriam destinar entre 2% e 5% de suas vagas a beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas. Considerada o principal mecanismo de inserção no mercado de trabalho para pessoas com deficiência, esta lei levantou questionamentos que só foram disciplinados em 1999 com o Decreto nº 3.298, que regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, e que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, reconhecendo e legitimando este direito ao determinar a obrigatoriedade das empresas com 100 ou mais empregados em cumprirem este quesito, além de estabelecer a competência do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) para fiscalizar, avaliar e controlar as empresas no que diz respeito à inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população brasileira.


Serviço:

Colocação no Trabalho para Pessoas com Deficiência - CENET/FCEE

Contato com empresas, recebimento de currículos, acompanhamento de entrevistas, supervisão, orientação e assessoria nas empresas.

Email: mercadotrabalho@fcee.sc.gov.br

Telefone: (48) 3381-1618

Endereço: Rua Paulino Pedro Hermes, 2785 - Bairro Nossa Senhora do Rosário - São José (SC)

 

Veja mais fotos de pessoas com deficiência contratadas através da FCEE em 2014:

Paulo Renato Barreto, auxiliar de programador em Florianópolis

Jefferson dos Santos Marques, estoquista de farmácia em Florianópolis Junei da Silva Carvalho, auxiliar de escritório no Beira Mar Shopping de Florianópolis

 

Mônica de Cássia Dutra, estoquista de farmácia em Florianópolis

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