O curso, que ocorreu de 8 a 12 de junho de 2015 com uma carga horária concentrada de 30 horas, atraiu quase 50 professores de instituições congêneres da FCEE e também da rede regular de ensino provenientes das mais diversas cidades de Santa Catarina, como Lages, Joinville, Itapema, Garuva, Correia Pinto, São José do Cedro, Xaxim, Campos Novos, Araquari, entre outras.
Coordenado pelo Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi da FCEE, o curso foi ministrado por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais das áreas de Psicologia, Terapia Ocupacional, Pedagogia, Fisioterapia e Fonoaudiologia. Entre os temas abordados na capacitação estavam a relação da família no processo de estimulação essencial, a estimulação relacionada com o desenvolvimento socioafetivo e cognitivo, o desenvolvimento motor, o desenvolvimento da linguagem e motricidade orofacial, Avaliação Funcional e Diagnóstica, prevenção e sinais de alerta e tripé da estimulação, importância da Hidroterapia e da Equoterapia no desenvolvimento das crianças e avaliação e planejamento segundo o Guia Portage.
“A estimulação essencial é a porta de entrada no processo de atendimento de crianças com deficiência diagnosticada ou com suspeita de diagnóstico”, explica a professora de Educação Física da FCEE, Alzira Candido Lopes, atuante no Programa de Estimulação Essencial do CENER na área de Psicomotricidade. “Aqui na FCEE estamos implantando um modelo de atendimento de estimulação essencial que abrange crianças de zero a seis anos de idade, enquanto a legislação estadual define o atendimento apenas até os três anos”, acrescenta a professora, que possui mais de 30 anos de experiência na área de educação especial na FCEE e foi uma das organizadoras do curso.
Na década de 1970, a FCEE foi uma das instituições pioneiras no Brasil na implantação de serviços de estimulação essencial para crianças com diagnóstico presumido de deficiência, sendo considerada uma referência nacional no ensino e formação nesta área de conhecimento.
Segundo Alzira, ao longo do curso as principais dúvidas e questionamentos dos participantes referiam-se à estrutura necessária para o serviço de estimulação essencial e o papel do professor e dos Serviços de Atendimento Educacional Especializado (SAEDE) neste processo. “Ao longo do curso estreitamos o diálogo entre a equipe da FCEE e os professores dos Centros de Atendimento Especializado em Educação Especial (CAESPE), os quais compartilharam conosco suas dúvidas e experiências no processo de estimulação essencial”, afirmou, lembrando que o objetivo do curso era qualificar a ação docente dos profissionais visando auxiliar as crianças com deficiência e suas famílias no processo de desenvolvimento.
O curso, que teve suas vagas esgotadas em menos de três dias, deve ter duas novas edições na FCEE no segundo semestre deste ano, enquanto para 2016 estão sendo planejadas edições avançadas para os profissionais que já participaram da versão básica da formação. Mais informações podem ser obtidas com a Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (GECAE) da FCEE através do e-mail gecea@fcee.sc.gov.br.