Professora Sheila Balen
TRADUÇÃO LIBRASRealizado entre ontem e hoje (5 e 6/09) no Auditório da FCEE, o III Fórum da FCEE sobre Transtorno do Processamento Auditivo trouxe novidades e atualizações para profissionais das áreas de saúde, educação e serviço social. Ministrado pela fonoaudióloga Sheila Balen, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e uma das maiores especialistas no tema no Brasil, o evento reuniu cerca de 80 pessoas e apresentou o Transtorno do Processamento Auditivo e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem.

Coordenado pelo Centro de Avaliação e Encaminhamento (CENAE) da FCEE, o Fórum chegou a sua terceira edição, sempre ministrado pela professora Sheila Balen. “Pela presença de um público multidisciplinar, sempre retomamos os sinais e sintomas do Transtorno”, afirma Sheila, explicando que também apresentou novidades científicas provenientes de pesquisas recentes em andamento que trazem novas hipóteses sobre as bases neurofisiológicas do Processamento Auditivo e as possibilidades de tratamento.

Estima-se que cerca de 20% da população mundial, entre jovens e adultos, possuam algum nível de Transtorno do Processamento Auditivo (TPA) e que entre 2% e 5% das crianças em idade escolar apresentem alterações no Processamento Auditivo Central. O baixo número de casos diagnosticados e encaminhados para tratamento, apesar dos impactos negativos desse transtorno nos processos educacionais, de aprendizado e de socialização, é decorrente da falta de conhecimento dos profissionais acerca do tema.

O TPA é uma disfunção da audição relacionada às vias auditivas centrais, ou seja, não relaciona-se diretamente com as orelhas mas com o modo como o cérebro lida com as informações auditivas, decorrendo em problemas de desatenção, dificuldade de concentração, de compreensão e de aprendizagem. “Como o Transtorno do Processamento Auditivo normalmente vem relacionado com outros transtornos de atenção, como dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, é fundamental que a avaliação e a reabilitação sejam definidas por uma equipe multidisciplinar”, explica Sheila, acrescentando que o diagnóstico oficial ocorre em crianças a partir dos sete anos de idade e que o objetivo das intervenções está ligado, principalmente, ao desenvolvimento adequado dos processos de aprendizagem e linguagem das crianças.

Em Santa Catarina, a FCEE é uma das únicas instituições que oferece, além de pesquisas e capacitações na área, também o serviço de diagnóstico gratuito do Transtorno de Processamento Auditivo (TPA). Atualmente, o serviço é realizado apenas para o público elegível para avaliação no CENAE, ou seja, pessoas com indicativos de Atraso Global de Desenvolvimento, Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

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