Professor da FCEE presta atendimento a usuário surdo-cego
TRADUÇÃO LIBRAS No dia 27 de junho é comemorado o Dia Internacional da Pessoa Surdo-Cega. A data foi estabelecida em comemoração ao aniversário da escritora e ativista social norte-americana surdo-muda Helen Keller (1880-1968). Famosa por obras como sua auto-biografia “A História da Minha Vida” e “O mundo em que vivo”, a escritora foi a primeira pessoa surdo-muda a conquistar um bacharelado.
 
Segundo Valdeci Lisboa, professor do Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) que realiza atendimento na área de surdo-cegueira, esta é uma data para fazer uma importante reflexão: “Quando você celebra o dia, você dá voz, visibilidade e identidade aos indivíduos com surdo-cegueira”
 
Confundida por muitas pessoas como a soma de duas deficiências, a surdo-cegueira é na verdade única, caracterizada por graves perdas auditivas e visuais. A surdo-cegueira pode ter várias causas, como doenças congênitas, Acidentes Vasculares Cerebrais e doenças adquiridas pela mãe na gravidez. Além disso, a deficiência pode ser classificada de acordo com o momento em que se desenvolve: há casos em que o indivíduo desenvolve após ou antes da aquisição da fala.
 
Para romper o isolamento social e facilitar o desenvolvimento da comunicação em pessoas surdo-cegas, é necessário atendimento especializado de acordo com o nível de deficiência e estimulando os sentidos remanescentes. Em casos onde tanto a visão como a audição estão gravemente comprometidos, é necessário que se use o sistema Tadoma, ou braille tátil, um modo de comunicação em que se usam as mãos para sentir o movimento do maxilar da pessoa que fala para se entender o que ela diz.
 
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Surdo-Cegueira é uma das frentes onde a FCEE trabalha. Além de promover cursos, capacitações e assessorias para Apaes e escolas da Rede Pública, a FCEE por meio do CAS realiza atendimento direto a usuários com surdo-cegueira, ensinando o braille e libras táteis e auxiliando no desenvolvimento das atividades de comunicação conforme o nível de deficiência. O trabalho da FCEE na área de capacitação dos professores permitiu que escolas das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) de Chapecó, Xanxerê, Itajaí, Tubarão e Criciúma, além da Grande Florianópolis, pudessem contar com AEE em surdo-cegueira.

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