Grupo de Estudos da CIF/FCEE
TRADUÇÃO LIBRASNesta segunda-feira, 7 de agosto, o Grupo de Estudos sobre Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) realizou uma palestra voltada para diretores, gerentes, integradores e supervisores da instituição onde foram apresentados os resultados de suas pesquisas. Iniciado em maio de 2016 e encerrado em julho deste ano, o Grupo tinha como objetivo estudar a CIF e a produção científica sobre o assunto, além das aplicações da classificação no campus da FCEE, de modo a capacitar os servidores e embasar o trabalho realizado na instituição.

Coordenado pelos fisioterapeutas André de Sousa Rocha e Kelly Cristine Schmidt do Núcleo de Estudos e Pesquisas (NESPE), o grupo é composto por cerca de 20 servidores de diversos centros da FCEE, que passaram cerca de 60 horas, divididas em 30 encontros, estudando sobre o assunto. O grupo tinha também como objetivo ampliar a utilização da CIF na área da educação, realizando no futuro capacitações para servidores da FCEE e instituições conveniadas.

Aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2001, a CIF define os componentes da saúde e do bem-estar relacionados com a saúde, como educação e trabalho, classificando a funcionalidade e a incapacidade associados aos estados de saúde. É complementar à Classificação Internacional das Doenças (CID), que classifica os estados de saúde, tais como doenças, perturbações, lesões, fornecendo uma estrutura de base etiológica. As duas classificações internacionais, em conjunto, fornecem uma perspectiva ampla e significativa da saúde das pessoas ou da população, importantes para tomadas de decisão.

Aceita por 191 países como norma internacional para descrever e avaliar a saúde e a deficiência, a CIF considera os aspectos sociais da deficiência e propõe um mecanismo para estabelecer o impacto do ambiente social e físico sobre a funcionalidade da pessoa, representando uma mudança de paradigma relacionada à visão de deficiência e incapacidade, substituindo o enfoque negativo por uma perspectiva positiva, considerando as atividades que um individuo pode desempenhar e a sua participação social. Assim, a CIF é importante para avaliação das condições de vida e promoção de políticas inclusivas, pois fornece instrumentos para avaliar os componentes do bem-estar e produzir ambientes mais acessíveis.

Publicada em português pela USP em 2003, a CIF estabelece uma base científica e uma linguagem comum que permitem a comparação entre dados sobre as consequências de estados de saúde entre países, disciplinas de cuidado da saúde ou épocas. Ainda que seja muito utilizada na saúde, a CIF ainda é uma novidade no campo da educação.

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