A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) participou na semana passada do encontro do Grupo de Trabalho Transtorno do Espectro Autista (GT-TEA) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que busca o aprimoramento de políticas públicas para crianças e adolescentes com autismo no município de Florianópolis. Na ocasião, instituições de saúde que atuam no diagnóstico e acompanhamento de crianças e adolescentes com autismo em Florianópolis apresentaram suas formas de atuação e projetos. Além da FCEE, representada pelas profissionais Fabiana Giacomini Garcez, Andrea Rumpf Machado e Rosângela Sembrani, também apresentou seu trabalho o Centro de Avaliação e Reabilitação da Aprendizagem (CeDRA).
O encontro foi uma continuidade das apresentações que se iniciaram em maio com as instituições Reabilitação Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo (RIA/CCR), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE Florianópolis) e a Gerência de Projetos Inovadores/Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação. O objetivo desses encontros é expor as particularidades dos serviços de cada instituição, analisar as finalidades de cada local, a quantidade de atendimentos e a lista de espera, visando ao aprimoramento de políticas públicas para crianças e adolescentes com autismo no município.
O Grupo de Trabalho Transtorno do Espectro Autista (TEA) surgiu em meados de 2018 por conta do Inquérito Civil da 10ª Procuradoria de Justiça que trata sobre aspectos de saúde de crianças e adolescentes com TEA e outras dificuldades de aprendizagem e do Inquérito Civil da 15ª Procuradoria de Justiça que visa verificar a situação do programa Saúde na Escola e informações acerca da falta de atendimento médico especializado e psicopedagógico aos alunos da rede municipal de ensino.
Esse espaço de articulação intersetorial e multidisciplinar é idealizado para o fortalecimento da rede de proteção e atendimento da criança e do adolescente de Florianópolis nos aspectos de saúde. Tendo como princípios a socialização de ideias e o encaminhamento de boas práticas, busca pactuar fluxos de trabalho para assegurar qualidade de atendimento e diagnóstico de crianças e adolescentes com suspeitas de autismo ou já diagnosticados.
A assistente social do MPSC, Marina Feltrin Dambros, explicou que que o GT vem fazendo reuniões sistemáticas desde setembro de 2018. "Estamos realizando o mapeamento da rede que abrange o público-alvo e fazendo o diagnóstico das atividades desenvolvidas pelas instituições para aperfeiçoar os fluxos de encaminhamentos. Reunindo profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social e justiça, promovemos a melhoria do atendimento das crianças e adolescentes envolvidos", argumenta.
Estiveram presentes na reunião: Promotor de Justiça Júlio Cesar Mafra, da 15ª Promotoria de Justiça; Assistente Social Marina Feltrin Dambros e estagiária em Serviço Social Claudia Burgos da Silva; representando a Secretaria Municipal de Educação, Eduardo Guitierres, Rosangela Machado e Valquiria Hillesheim (Educação Especial - Sala Multimeios); representando o Serviço de Reabilitação Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo do Centro Catarinense de Reabilitação (RIA/CCR) da Secretaria Estadual de Saúde, Ronilene Barcellos e Melissa Eskelsen; representando o Centro de Avaliação e Reabilitação da Aprendizagem (CeDRA), vinculado às Secretarias Municipais da Assistência Social, Saúde e Educação, Thaise Goronzi; representando Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE Florianópolis), Juliana Pereira; representando o Gabinete do Vereador Gabrielzinho, Ana Gabriela Rojas.
(Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social/ MPSC)