Desde que o atendimento dos educandos no Serviço Pedagógico Específico (SPE) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) começou a pautar suas ações de acordo com a abordagem das Práticas Baseadas em Evidências, tornou-se visível nos educandos a redução das dificuldades inerentes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O Serviço Pedagógico Específico (SPE) do Centro de Educação e Vivência (CEVI) da FCEE atende crianças e adolescentes de 06 a 17 anos com diagnóstico de deficiência intelectual (DI) grave ou profunda associada ou não a outras deficiências e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), com baixo nível funcional (nível 3), que apresentem quadro de saúde e/ou comportamentais que inviabilizam sua permanência no ensino regular.
“Os grupos de SPE direcionados ao atendimento de educandos com Transtorno do Espectro Autista vem pautando suas ações em Práticas Baseadas em Evidências, através da produção de materiais específicos para elaboração de atividades levando em consideração o estilo cognitivo de cada educando”, explica a coordenadora do CEVI, Monique Scheidt.
Os materiais são produzidos pelos professores em parceria com os serviços de pedagogia e fonoaudiologia do Centro, tendo como objetivo a estimulação do desenvolvimento cognitivo de cada educando, qualificando habilidades como organização, interação e comunicação.
“Desde que os profissionais que atuam neste serviço passaram a investir no estudo das Práticas Baseadas em Evidências, organizando o ambiente externo de modo que o educando compreenda o que se espera que ele faça em cada espaço e confeccionando materiais específicos para cada objetivo, tornou-se visível, em cada educando, a diminuição das dificuldades inerentes ao Transtorno do Espectro Autista”, acrescenta a coordenadora do CEVI.
As estratégias específicas de intervenção reduziram a dificuldade de compreensão de aprendizagens implícitas, as dificuldades de generalização, problemas com coerência central, dificuldade com trocas de atenção, problemas com múltiplas perspectivas, déficits em funções executivas, interesses restritos e hiperfoco. “Em resumo, estas intervenções estão favorecendo o desenvolvimento global desses educandos”, destaca Monique.