Ato no sul do estado simboliza os quase 120 veículos, que estão sendo adquiridos por instituições especializadas em Educação Especial de todo o estado, com recursos da FCEE.
A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) iniciou a entrega dos quase 120 veículos adaptados para o transporte de pessoas com deficiência às instituições especializadas de Santa Catarina pelo Programa SC + Inclusiva. O evento, que ocorreu na última segunda-feira (07) em Içara, contou com a presença da Presidente da FCEE, Janice Krasniak, o Secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, presidentes, voluntários e educandos de seis entidades do sul do estado.
O ato representou a entrega oficial de seis micro-ônibus para as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) das cidades de Jaguaruna, Sombrio, Laguna, Santa Rosa do Sul e Tubarão, além da Associação de Amigos do Autista (AMA) de Criciúma, que somam mais de R$ 2 milhões. Esses veículos foram adquiridos com recursos do programa Sc + Inclusiva, o maior pacote de investimentos da história da inclusão em Santa Catarina. São mais de R$ 250 milhões para as instituições especializadas em educação especial, para mais de 800 projetos aprovados que estão beneficiando 30 mil pessoas com deficiência em todas as regiões do estado. Os repasses permitem reformas, ampliações e construções de novas sedes, aquisição de jardins sensoriais, academias adaptadas, equipamentos, mobiliários e veículos adaptados em entidades como Apaes, associações de autistas, de surdos, de deficientes físicos e visuais.
“Nós precisamos de um olhar diferenciado para a educação especial, um olhar de inclusão. É necessário acreditar que ela traz bons resultados, humanizando as relações, qualificando os professores. Por tudo isso, o Governo do Estado tem esse olhar sistêmico, fazendo os maiores investimentos da história nesse setor. Não basta apenas dizer que a educação é o futuro. São necessárias ações e nós estamos fazendo isso”, ressaltou o governador, Carlos Moisés, destacando que os repasses do SC Mais Inclusiva são feitos de acordo com as necessidades apontadas pelos gestores das instituições. Os valores serão utilizados em reformas, ampliações de sedes, construção de novas sedes, compra de equipamentos de informática e eletrônicos, aquisição de veículos e ônibus adaptados, parques e academias acessíveis, implantação de jardins sensoriais, salas de psicomotricidade e de integração sensorial, móveis adaptados para sala de aula, equipamentos de tecnologia assistiva para deficientes visuais, entre outras demandas.
O secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, agradeceu a autonomia e o orçamento do governo do estado para realizações como o SC + Inclusiva, o maior programa de acessibilidade do país. “A Janice, gestora técnica, soube aproveitar o rol de conteúdo interno para identificar as necessidades individuais, ou seja, são demandas conquistadas e não impostas”, destacou.
A presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Janice Krasniak, lembra que o transporte adaptado é imprescindível para a locomoção de pessoas com deficiência e com limitação de movimentos exercerem o direito de ir e vir e, principalmente, obterem o acesso à educação. “Com a renovação da frota, é possível oferecer mais conforto e comodidade aos nossos educandos", afirma a presidente. “É o olhar humanizado do governador para o segmento da pessoa com deficiência. Somente um governo que acredita no respeito e na dignidade que as pessoas com deficiência merecem, investe com qualidade e eficiência onde as necessidades são reais”, concluiu.
Para o presidente da AMA de Criciúma, José Augusto Freitas, um ônibus próprio vai ser importante para o deslocamento dos alunos para terapias, visitas a parques, ginásios, quadras, passeios de campo e atividades extracurriculares, como a Equoterapia. “Vai facilitar a locomoção em tempo hábil, pois já alugamos veículo, fazíamos várias viagens e nem todos os educandos que precisavam, conseguiam ir para a aula. É uma reivindicação antiga que agora vira realidade e nos emociona. Dependemos muitas vezes da boa vontade de parceiros, fazemos pedágios solidários, sorteios, gincanas ou bingos para obter recursos”, explicou.