Beatriz já conquistou quatro vitórias em quatro jogos e o resultado da quinta partida, neste sábado (27), pode levá-la à etapa final.
Desde a última terça-feira (24), a atleta de bocha paralímpica Beatriz Marta das Chagas e sua equipe técnica da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), estão participando do Campeonato Brasileiro de Jovens de Bocha Paralímpica 2022, que finaliza neste domingo (29), em Curitiba (PR). Beatriz já conquistou quatro vitórias em quatro jogos e o resultado da quinta partida, neste sábado (27), pode levá-la à etapa final. Ao todo, são 36 atletas de 15 estados brasileiros, com idade entre 13 e 20 anos.
A atleta, que foi convocada para a competição em abril, possui paralisia cerebral e treina no Centro de Educação Física (CEDUF) da FCEE há quatro anos, assessorada pela assistente desportiva Francielli Rezende e por Fabíola Spader, técnica e educadora física da equipe. “Esta é uma oportunidade para troca de experiências e novos aprendizados já que estaremos com os profissionais e atletas do Brasil “, diz Fabíola.
Aos 18 anos de idade, Beatriz já acumula conquistas importantes. Na primeira etapa do Circuito Catarinense de Bocha Paralímpica, realizada no início do mês em Itajaí, Beatriz e sua assistente desportiva, Francielli Rezende, garantiram medalha de ouro na classe BC1. A dupla também conquistou o segundo lugar na 16ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de SC - Parajasc, em dezembro do ano passado, no Campeonato Brasileiro Intermediário Feminino de Bocha Paralímpica, que ocorreu em novembro garantiu o bronze. Em 2019, conquistaram medalha de ouro no Circuito Catarinense de Bocha Paralímpica e na 10ª edição dos Parajesc.
O campeonato é uma das etapas para definir o elenco que vai compor a Seleção Brasileira Paralímpica para os Jogos Parapan-Americanos da Juventude, que será realizado em novembro na Colômbia, e a Copa Brasil de Jovens, prevista para julho em São Paulo.
Bocha Paralímpica
Os atletas usam cadeiras de rodas e têm o objetivo de lançar 12 bolas coloridas (azul e vermelha) o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento. O esporte exige habilidade e eficiência, além, é claro, das técnicas e táticas adequadas dos atletas para vencer a disputa.
A competição é dividida por categorias. BC1: Destinada apenas para atletas com paralisia cerebral, que podem jogar com as mãos ou com os pés e podem ter um auxiliar para entregar a bola. BC2: O atleta apresenta quadro de paralisia cerebral, mas nesta classe nenhum auxiliar é permitido. Um suporte ou cesto para bola pode ser adaptado. BC3: É o atleta com maior grau de comprometimento motor. Neste caso, ele é assistido por alguém, que tem a função de direcionar a calha seguindo exatamente as indicações do jogador. BC4: Atletas que são diagnosticados com condições de origem não cerebral central. Os jogadores nesta classe apresentam disfunção locomotora grave de todas as quatro extremidades, além de controle do tronco. Eles podem demonstrar destreza suficiente para jogar a bola na quadra e não são elegíveis para assistência.