A equipe de bocha paralímpica da FCEE conquistou quatro medalhas na etapa Seletiva Regional Sul para o Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpica, que ocorreu entre os dias 2 e 5 de junho, em Itajaí. A competição contou com a presença de 70 paratletas, de todas as idades, dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e garantiu quatro vagas para a disputa nacional em Uberlândia (MG), em setembro.
A Seletiva Regional Sul, que foi uma realização da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE) em parceria com a Prefeitura Municipal de Itajaí, classificou três atletas de cada classe, ao todo: BC1,BC2,BC3 E BC4. Os atletas da FCEE Paulo Ricardo Pedroso (medalha de ouro - Classe BC3 masculino), Júlia Pereira Marcelino (medalha de prata - Classe BC3 feminino), Beatriz Marta das Chagas (medalha de prata - Classe BC1 feminino) e Naiara Godinho (medalha de bronze - Classe BC3 feminino), se classificaram para o Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpica, acompanhados por seus operadores de rampa e assistentes desportivos. Além disso, os atletas Cleverson Machado e Daniel Veras (Classe BC3) ficaram entre os 6 melhores em suas classes.
Para Fabíola Spader, técnica da equipe, a participação dos atletas da FCEE no Brasileiro é importante tanto para os atletas classificados como para os não classificados. “Subir mais um degrauzinho desse longo caminho que é chegar até o Campeonato Brasileiro, traz um respaldo grande, e serve de incentivo para que os atletas treinem com mais foco e determinação. O trabalho continua, temos muitas coisas para aperfeiçoar até a data do campeonato, e seguimos forte nos treinos até setembro, para entregar o melhor da equipe da FCEE no Brasileiro de Bocha", completa Fabíola.
Os treinos da equipe de bocha da FCEE são viabilizados pelo Centro de Educação Física (CEDUF), e devido às obras em andamento no campus de São José, vem ocorrendo no ginásio da Escola Estadual Básica Bela Vista, que cede seu espaço nos períodos matutino e vespertino.
Sobre a Bocha Paralímpica
A Bocha é uma modalidade para pessoas com grau severo de comprometimento motor e/ou múltiplo e pode ser jogada individualmente, em duplas ou em equipes, de forma mista – homens e mulheres competem juntos e igualmente. O objetivo é lançar 12 bolas coloridas (azul e vermelha) o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento. O esporte exige habilidade, eficiência, e técnicas para vencer a disputa.
A competição é dividida por categorias. BC1: Destinada apenas para atletas com paralisia cerebral, que podem jogar com as mãos ou com os pés e podem ter um auxiliar para entregar a bola. BC2: O atleta apresenta quadro de paralisia cerebral, mas nesta classe nenhum auxiliar é permitido. Um suporte ou cesto para bola pode ser adaptado. BC3: É o atleta com maior grau de comprometimento motor. Neste caso, ele é assistido por alguém, que tem a função de direcionar a calha seguindo exatamente as indicações do jogador. BC4: Atletas que são diagnosticados com condições de origem não cerebral central. Os jogadores nesta classe apresentam disfunção locomotora grave de todas as quatro extremidades, além de controle do tronco. Eles podem demonstrar destreza suficiente para jogar a bola na quadra e não são elegíveis para assistência.