Em todo o Brasil diversas instituições estão engajadas na Campanha do Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama. Um dos abjetivos da ação é fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.
A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) fez diversas ações em seus 10 centros em alusão a campanha. Uma dessas ações foi a palestra sobre a importância da Campanha Outubro Rosa, organizada pelo Centro de Educação e Trabalho (CENET). A palestra, ministrada aos estudantes do centro pela enfermeira Isadora Angélica da Silva, abordou sobre a importância do autoconhecimento e do autocuidado, essenciais para a saúde da mulher, sobretudo no mundo de trabalho.
O evento, segundo as participantes, foi importante para fortalecer a conscientização da importância do exame preventivo ao câncer de mama. Houve ainda o Café Rosa entre as servidoras da Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (GECAE)
NEOPLASIA DE MAMA É CAUSA DE MORTE
O câncer de mama é o tipo mais incidente na população feminina no Brasil e no mundo, com exceção do câncer de pele não melanoma. Em 2022, foi a causa de 77.014 internações em todos os municípios do Brasil, segundo dados do SIH/DATASUS disponíveis no Observatório da APS. O número abrange unidades hospitalares públicas ou particulares conveniadas que são participantes do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a neoplasia de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina no Brasil. Foram 18.139 óbitos em todos os municípios do país em 2021, segundo o SIM/DATASUS. A entidade estima que 73.610 novos casos de câncer de mama serão diagnosticados até dezembro de 2023.
DIAGNÓSTICO PRECOCE TEM EFEITO POSITIVO
Fazer o diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer. Uma servidora da FCEE é um exemplo de como o exame preventivo no tempo certo é importante.
Márcia Martins, 52 anos, trabalha como integradora da Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (GECAE) e em 2006 descobriu o câncer em estagio inicial na mama esquerda. Hoje, após algumas sessões de quimioterapia e cirurgia para a retirada dos seios, vive tranquilamente após implante de próteses.
Ela conta que seu caso foi hereditário, pois cinco pessoas da família tiveram a mesma doença. E que os exames de rotina que sempre fez e o diagnóstico precoce foram determinante para a cura. “Algumas mulheres ainda têm tabu em se tocar para averiguar algum caroço no seio, mas se esse procedimento for rotineiro, assim como exames periódicos, o câncer tem cura. Ele não pode de destruir. Você é quem tem que destruir o câncer”, ensina.