Profissionais da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) realizaram na semana passada, no dia 08 de agosto, o terceiro encontro com supervisores dos Núcleos de Educação Infantil Municipal (NEIMs) de Florianópolis para capacitação através do instrumento “Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil” (IRDI). O encontro ocorre no âmbito da pesquisa “Construção de uma metodologia formativa para supervisores de NEIMs de Florianópolis voltada à promoção do desenvolvimento psíquico de bebês”, realizada por um grupo de pesquisadores do Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi (CENER) da FCEE, em parceria com a Secretaria de Educação de Florianópolis. A pesquisa, da qual participam 41 supervisores e 53 professores da rede municipal de ensino, busca capacitar os profissionais para identificar sinais de risco psíquico no desenvolvimento e intervir precocemente com bebês de zero a dezoito meses.
A pesquisa da FCEE, que teve início em abril deste ano, tem caráter avaliativo e preventivo, com o objetivo principal de avaliar o efeito sobre as práticas e cuidados com bebês entre 4 e 23 meses em NEIMs após o processo formativo na metodologia IRDI. O estudo tem um cronograma de encontros marcados até outubro deste ano e está sendo realizado em parceria com o Núcleo de Formação, Pesquisa e Assessoramento da Educação Infantil (NUFPAEI), da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis. No total, participarão das formações 177 profissionais, entre professores e supervisores dos NEIMs de Florianópolis.
O grupo de pesquisadores da FCEE responsável pela pesquisa é coordenado pelo psicólogo Rômulo Fabiano Silva Vargas e formado pela terapeuta ocupacional Caroline de Souza Mattos, pela fisioterapeuta Geovana Régis e pelas psicólogas Laura de Macedo Haeser e Loiva Herbert.
Metodologia IRDI A metodologia IRDI é fruto de uma pesquisa realizada entre os anos de 2000 e 2008, financiada pelo Ministério da Saúde brasileiro, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e coordenada pelo Instituto de Psicologia da USP (IPUSP), a qual permitiu a criação de indicadores capazes de dar aos pediatras um instrumento de detecção precoce de risco psíquico para o desenvolvimento infantil. Em 2012, o protocolo IRDI foi também proposto como metodologia para os professores de educação infantil, de modo que eles também sejam auxiliares na promoção da saúde mental dos bebês.